 |
| Inimigos e morte! |
O grupo recua alguns metros e coloca-se atrás da barricada no corredor sul, destruída por Mâsh.
O bárbaro já queria partir em disparada para aquele templo e abrir caminho à força entre os inimigos. Mas o grupo conteve esse ímpeto inicial do Goliath, pois alarmados com a presença de tantos inimigos e com a possibilidade de não conseguirem invadir o templo sem que fossem alvos dos arqueiros.
Então bolam uma estratégia curiosa: Horven iria na frente do grupo, usando uma das mesas que encontraram nos dormitórios como escudo.
Assim, os artilheiros kobolds teriam mais dificuldades em acertá-los e poderiam, aos poucos, ir eliminando os inimigos.
Com a estratégia traçada, Horven pega uma mesa e avança pelo corredor oeste. Flechas e pedras são atiradas pelos Kobolds. Elas atingem a mesa e o anão sente que a idéia está funcionando, pois nenhum dos tiros o acertou.
Enquanto os demais aguardam o sinal do anão para avançarem, Gilkan e Mâsh percebem que no corredor leste há uma porta. Ao decidirem investigar, Mâsh adianta-se e posta-se de costas para ela.
Ele procura ouvir ruídos do outro lado, mas parece não haver ninguém do outro lado da porta. Ele então observa o fogo cerrado que os kobolds fazem sobre Horven, que está encolhido atrás da mesa.
Eis que sorrateiramente, sem que o bárbaro perceba a tempo de reagir, orcs abrem a porta rapidamente e atacam o bárbaro desprevinido.
Neste mesmo instante, Northolt partia na direção de Horven, para dar início ao ataque. Agachado, tentando proteger-se atrás da barreira que a mesa formava, ouvia flechas cruzarem o ar sobre sua cabeça. Paella, ainda sentindo dores dos ferimentos sofridos, correu para outro cômodo ao longe para trazer outra mesa e reforçar aquela barreira que Horven iniciou.
Gilkan, observando a partida de Northolt, não percebeu o perigo pelo qual Mâsh encontrava-se e assim não pode avisar seu companheiro quando um dos orcs desferiu um potente golpe com sua maça-estrela, atingindo o peito do bárbaro.
Mâsh perdeu o fôlego com o golpe. Apesar de sua grande compleição física, sentiu que algumas costelas trincaram com a potência do golpe inimigo. Seus olhos lacrimejaram de dor. Não conseguiu nem gritar, pois o ar de seu pulmão foi expelido com a pressão causada pelo orc.
O grupo estava cercado. Kobolds atacavam o anão Horven, e agora começavam a avançar pelo corredor. Mâsh estava lutando contra orcs e hobgoblins que vinham pela porta que ele queria defender. Northolt, percebendo o grande perigo pelo qual o bárbaro passava, decidiu ir ajudá-lo. Duas frentes de combate, era tudo que os heróis não precisavam naquele momento.
Northolt e Mâsh tentam barrar o avanço dos inimigos. Horven agora é acossado por kobolds artilheiros e guerreiros. Gilkan, vendo que Mâsh está muito ferido, tenta ajudar seus amigos. Paella, sem ainda saber do que está acontecendo, aproxima-se pelo corredor com uma mesa.
O meio-elfo, veterano de batalha, percebendo que ele e seus amigos correm grande perigo em manter esta posição, decide por recuarem para o corredor sul – de onde vieram:
“Voltem! Voltem! Horven, recue! Volte para o corredor sul! Vamos defender nossa posição lá!!!” – ele grita entre os clangor das armas se chocando.
Mas o anão tem muitos problemas para se livrar dos inimigos e não ouve a ordem dada por Northolt. Da mesma forma, Gilkan havia se aproximado demais de Mâsh e Northolt, e desta forma impediu que houvesse um recuo rápido e coordenado. A situação se complicava a cada segundo.
Horven é atingido por um dos kobolds dracoescudeiros que avançavam em ua direção. O golpe atinge seu ombro esquerdo e o braço perde a força, baixando seu escudo de ferro. Uma flecha atinge sua coxa fazendo-o ajoelhar-se de dor. Quando levanta a cabeça para olhar para frente, vê um globo de eergia negra voando em sua direção, deixando uma trilha de cristais de gelo. Quando se choca na fronte do anão, esta energia ceifa sua energia vital e derruba-o inconsciente.
Neste momento, Mâsh também é atingindo por seus inimigos. O bárbaro, mesmo com toda sua resistência e determinação, sucumbe aos sucessivos ferimentos infligidos ao seu corpo. A escuridão toma conta de sua consciência e cai pesadamente aos pés de Northolt.
Gilkan, agora ciente da possibilidade de seus amigos estarem mortos, e de ele ser o próximo, chama por Northolt para que eles recuem. O bruxo inicia o recuo, mas não é seguido pelo senhor da guerra, que superado numericamente, é atingido por um golpe poderoso de espada em sua cabeça. O zunido criado pelo choque no elmo atordoa Northolt, que em seguida é atingido por mais dois golpes e cai, primeiramente ajoelhado, com os braços pendendo sem forças ao longo do corpo, e em seguida, inconsciente, desaba com força no chão.
Paella havia acabado de chegar no local do combate quando é pego pelos braços por Gilkan e os dois recuam até atrás da antiga barricada dos kobolds. Ali era o último ponto em que poderiam se esconder dos inimigos.
Mas, inexplicavelmente, os kobolds batem em retirada pela porta de onde vieram os orcs e hobgoblins.
Os segundo passam e Gilkan e Paella aguardam ansiosos pela retomada do ataque dos kobolds. Mas isso não acontece.