quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Viagem para o Reino de Korzus - Parte 2

A fronteira entre os reinos de Iggspur e Korzus é marcada por uma vasta planície de vegetação queimada .As ruínas de uma antiga fortaleza de defesa destaca-se em um platô a alguns quilômetros da estrada, onde corvos e urubus sobrevoam constantemente em busca de carniça.
A devastação nessa região é enorme, onde sabem terem sido travadas centenas de batalhas entre os exércitos Iggspurianos e da Horda. Ossadas de várias raças e os destroços de máquinas de guerra são vistas ao longo do caminho.
Após alguns quilômetros já dentro do território Korzuriano, os heróis lembram-se do conselho de não seguirem em campo aberto, principalmente, pela Estrada Sul. Assim, decidem ir por um estreito que encontram e que parece levar ao norte, paralelamente à Estrada.
Afastam-se do campo aberto e seguem por este caminho secundário e perigoso. Ele serpenteia por entre duas cadeias de montanhas. A terra é árida e avermelhada. De vez em quando, o vento forte que sopra no local levanta nuvens de poeira que dificultam a visibilidade e tornam a respiração sem uma proteção quase impossível.
O sol da manhã dá lugar a um tempo nublado, com nuvens negras aproximando-se pelo norte. O caminho torna-se mais estreito e a comitiva tem que viajar quase em fila indiana. As paredes das montanhas criam um corredor rochoso, por onde os heróis são obrigados a passar, e com o ribombar dos trovões prenunciando a chegada de uma tempestade.
Gitzvalik, que ia alguns metros a frente como batedor, pára repentinamente. Mas antes que pudesse avisar o grupo de que estavam sendo espreitados, uma aranha imensa salta por uma fenda entre as rochas e atinge Paella. O ataque é certeiro e suas presas fincam-se profundamente no Lâmina Prateada, injetando o veneno e levando-o à inconsciência.
Horven espanta-se com o tamanho do aracnídeo, que quase atinge seu tamanho.

“Por Moradin! Essa coisa é quase maior que eu!”

Ao invés de palavras, Gitzvalik transmuta-se em sua forma animal – o tigre-branco - e salta sobre a aranha.
Herewald e Gilkan tomam posição para usarem seus ataques à distância, se necessário. Mas não fosse os sentidos aguçados do ladino, Herewald teria sido atacado pelas costas por outra aranha. Quando ela preparou o salto, o jovem gatuno pulou de lado e fincou sua espada curta entre as pinças gotejantes de veneno da criatura, que guinchou agonizante.
Ao mesmo tempo, Gilkan viu que por detrás de uma rocha no caminho à frente, um emaranhado de aranhas pequenas movimentava-se em frenesi, umas sobre as outras, em busca de alimento.
Horven posicionou-se e, empunhando Esmaga-Crânios, agradeceu ao seu deus pela oportunidade de eliminar o mal que reside naquela região.
Seu golpe com o martelo atingiu dezenas das aranhas que eram do tamanho de sua rechonchuda mão, mas outras dezenas começaram a cobrir suas pernas e subir pelo seu corpo.
Gitzvalik conseguia derrotar seu inimigo. Herewald, ao contrário, apesar de desferir o primeiro golpe, tinha o lado direito de seu corpo imobilizado pelo veneno do aracnídeo que o havia atingido e agora avançava ameaçadoramente para desferir o golpe final.
Gilkan, percebeu que não havia outra alternativa a não ser utilizar seu poder infernal que tanto relutava em usar.
E assim, com um urro gutural parecido vir das entranhas dos Nove Infernos, cerrou os punhos sobre o peito e em seguida estendeu os braços com força ao lado do corpo. Uma onda de fogo azulado e quase invisível emergiu de seu corpo atingindo tudo pelo caminho. As aranhas filhotes, que haviam encoberto Horven inteiramente, queimaram instantaneamente. Hovern, bastante ferido, também atingido pelo fogo, cai inconsciente, mas vivo. A aranha que atacava Herewald fugiu bastante ferida, refugiando-se no seu covil entre as rochas. O ladino, embora ferido, não caiu inconsciente e respirou aliviado enquanto sentia o efeito do veneno da aranha passar lentamente.
Gitzvalik viu sua oponente cair morta ao ser atingida pelas chamas infernais e, com um chiado de queimado, exalou um odor fétido que fez o tigre fungar e afastar-se da criatura.
Gilkan, vendo que agora estavam a salvo, foi ajudar seus amigos inconscientes, auxiliado por Herewald e Gitzvalik.
Após se recuperarem, decidem seguir viagem e procurar um local com mais proteção para poderem acampar e se abrigar da tempestade que se aproximava.
Então, em uma passagem lateral ao caminho, vêm uma porta de madeira velha que parece ser a entrada de alguma coisa.
E é hora de decidir o que fazer...

2 comentários:

  1. how how how incrivel a descritição do ataque :D E sim pegou nso aliados :D Acontece nem tudo sao flores hehehe

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  2. Marco, eu só não lembro se o Horven ficou de fato ou não inconsciênte, mas sei que a Aranha que sobrou no final alguém do grupo foi atrás e matou...

    Excelente descrição!

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