terça-feira, 14 de setembro de 2010

(NORTHOLT) O CONTRA-ATAQUE DE FURIONDY

1 ano e 3 meses. Esse era o pensamento de Northolt no momento em que o líder deu dois tapas em seu ombro, trazendo-o novamente à realidade. Com um aceno de cabeça respondeu ao cumprimento de Jacques.
O meio-elfo empunhava sua espada e escudo, pronto para o combate. A cota de malha desgastada pelos infindáveis combates, era sua última proteção aquela noite.
O túnel em que estavam era escuro tendo como única iluminação um pequeno pingente mágico – que emitia uma fraca luz azulada – que Jacques carregava em seu pescoço.
Apesar da tensão que antecede esses momentos, Northolt estava orgulhoso de poder participar dessa missão. Olhou para os lados e viu que muitos bravos defensores de Furiondy, assim como ele, haviam aceitado voluntariamente a missão. Todos tinham a expressão séria e cansada pela longa espera. Quanto tempo estavam naquele túnel? Northolt já havia perdido a noção de tempo. Uma hora, duas haviam se passado? Não sabia dizer.
Então um anão surgiu do escuro caminho à frente. Ele estava bem armado e sua armadura reluziu a luz azulada emitida pelo pingente de Jacques.

“A passagem está aberta! Nós temos 1 hora para retornar. Quem se atrasar, ficará para trás. Os escavadores têm ordens de selar a entrada desse túnel ao final dessa hora. Estão prontos?”

A agitação e a adrenalina tomam conta daqueles guerreiros que aguardavam o momento de entrarem em ação. O anão então vira-se e guia o grupo pelo túnel. Alguns metros à frente, a lua cheia lança sua luz prateada sobre o exército de Furiondy que deixava seu esconderijo para lançar um ataque surpresa na retaguarda dos exércitos de Orcs e goblins que cercavam o Castelo.
Os anões levaram longos 4 meses para terminarem esse túnel e agora finalmente o golpe poderia ser desferido. O plano tinha um ar levemente de desespero, reconhecia Northolt. Mas alguma coisa precisaria ser feita para tentar mudar o destino dos defensores de Furiondy.
A Horda havia dividido suas forças. Um destacamento de mais de 4 mil Orcs e Goblins manteve o cerco ao Castelo, enquanto o restante dos atacantes iria aprofundar a pinça no território desprotegido de Iggspur.
Um corneta soou nas muralhas do Castelo e uma chuva de flechas sibilou no ar em direção ao acampamento Orc.
Os inimigos que estavam dormindo, acordaram meio atordoados pelo inesperado ataque. Uma segunda salva de flechas atingiu o acampamento, fazendo algumas vítimas dentro e fora das barracas.
As três catapultas do castelo lançaram seus projetéis mortais. Mas devido a pouca distância que alcançavam, praticamente o estrago que causaram foi zero.
Northolt e o grupo de voluntários avançou em direção à retaguarda do acampamento inimigo. Eram cerca de 200 guerreiros de Furiondy. Sua missão: atacar a retaguarda do acampamento e tentar matar os líderes orcs enquanto as tropas do castelo criavam uma distração no front de batalha.
Quando faltavam alguns metros para alcançarem o acampamento, aceleraram o passo quase numa corrida. Os três feiticeiros que acompanhavam o grupo então lançaram suas magias. Bolas de fogo explodiram sobre tendas, jogando labaredas de fogo que iniciaram um incêndio naquela parte do acampamento.
As sentinelas, distraídas com o que acontecia lá no front, foram pegas de surpresa pelos atacantes. Um corneteiro conseguiu desviar de um golpe que lhe decapitaria e rapidamente soou sua trombeta.
Foi um sinal curto antes que Northolt o alcançasse e lhe estripasse com sua espada longa. Mas foi tempo suficiente para que outros orcs que estavam por ali percebessem o ataque e também tocassem suas trombetas.
Jacques liderava o grupo e desferia golpes de sua espada, ceifando muitas vidas dos miseráveis orcs. Os anões também regozijavam-se com o combate e com a morte de seus inimigos milenares.
Os feiticeiros, mantendo uma distância segura, lançavam suas magias com o objetivo de causar confusão nos orcs.
Norholt avançou para uma tenda próxima e viu dois orcs saindo dela. Sem dar chance aos dois, trespassou-os com um golpe certeiro em suas gargantas. O sangue espesso jorrou sobre a armadura do meio-elfo enquanto os inimigos gorgolejavam e tentavam estancar o sangramento com as mãos. Northolt então desferiu-lhes o golpe de misericórdia.
Jacques aproximou-se de Northolt. Sua armadura de batalha manchada pelo sangue dos inimigos, assim como sua espada e escudo.

“Vamos Northolt! Temos que encontrar Ullag e matá-lo.”

Mas os dois não precisaram procurar muito.
Ullag era o comandante daquele cerco e era um orc diferente dos demais. Parecia ser mais inteligente e astuto. Além de ser maior e mais forte.
Ele surgiu em meio ao caos do ataque realizado pelo exército de Furiondy. Em uma das mãos, segurava as coleiras de dois Worgs. Na outra mão segurava um chicote de três pontas espinhosas.
Ao seu lado, uma tropa de elite dos orcs aguardava seu comando.
Jacques emite ordens para que os seus guerreiros formem uma parede de escudos em forma de ponta, para poderem atacar Ullag.
O comandante orc estala seu chicote e libera os Worgs. No mesmo instante, a tropa de elite dos orcs avança sobre os defensores de Furiondy. Seus olhos vermelhos e ameaçadores estavam dilatados ante a matança que se avizinhava. Suas presas amareladas gotejavam uma baba gosmenta enquanto urravam e agradeciam a Gruumsh a oportunidade de matarem seus inimigos.
Então o choque dos exércitos ocorreu...

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