quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

(Paella) O treinamento do Eladrin Lâmina Prateada



Paella está deitado em sua cama, observando o céu estrelado. Ele ficou com o quarto que fica no último andar de uma das torres do alojamento dos Lâminas Prateadas.
A janela do quarto é alta, e permite que veja-se o céu acima das copas das árvores da densa floresta onde residem os Eladrins de Iggspur.

No pensamento do jovem aprendiz dos Lâminas Prateadas, ecoam as palavras de Elian, seu mestre e instrutor.
Foram, apenas os primeiros 15 dias de um rigoroso treinamento doutrinário e dogmático. Elian prepara seus discípulos mentalmente, antes de iniciar os treinos físicos e técnicos.
O instrutor ensinou a seu aluno que antes de poder utilizar suas habilidades de de subterfugio ou de ataque, um Lamina Prateada deve estar preparado para suportar as pressoes psicologicas que sofrerá. Sendo uma tropa de elite dos Eladrins, os LP's devem ser capazes de esguerirar-se e de caminhar por entre a vegetação, tão sorrateiramente quanto o mais hábil caçador de sua raça. Deve ser capaz de ficar horas imóvel, escondido nas sombras, aguardando o momento certo de agir. Deve ser hábil com o manejo de sua arma e capaz de matar com um único golpe a vítima. Deve ser capaz de infiltrar-se por entre as tropas inimigas, sem ser notado; penetrar nos quartéis inimigos, assassinar seus comandantes a sangue frio, e retonar, sorrateiramente, a segurança das cidades Eladrins. Deve ser capaz de suportar o mais extremo calor e o mais extremo frio, sem perder o equilibrio mental. Deve adorar sua divindade e sua Ordem, sem fraquejar. E muitas outras façanhas que não podem ser exercidas por qualquer um. Só por um Lâmina Prateada.

O jovem aprendiz abre um sorriso ao relembrar de um momento ocorrido nos primeiros dias: o seu instrutor colocou-o sobre um toco de árvore, onde o jovem aprendiz mal conseguia ficar em pé, apoiado sobre um deles. ao redor do toco de árvore, espalhou muitos estrepes pontiagudos. Deu um livro a Paella e ordenou q ele começasse a leitura em voz alta.
E assim foi feito. Com o passar do tempo, as pernas de Paella começaram a doer. Mas ele tinha que ficar de pé, sobre um ou outro pé, pois no chão estavam strepes que iriam feri-lo.
Quando percebeu que o jovem começava a ficar cansado e com a leitura mais pausada, Elian ordenava que le-se mais rápido, e ao mesmo tempo, arremessava pequenas pedras no discípulo. E ali ficaram horas a fio.

E as coisas foram piorando. Mas Paella, ao memso tempo que estava esgotado mental e fisicamente (Elian sempre lembrava-o de que o treino físico ainda estaria por vir), percebia que seu grau de concentração havia aumentado significativamente, assim como sua capacidade de ficar imóvel por várias horas, sem que seus músculos reclamassem através de caibras ou espasmos. Percebeu que os métodos de Elian eram um tanto quanto retrogrados e cruéis, mas ao mesmo tempo eram muito efetivos.

E com esses pensamentos, adormeceu, sabendo que mais dias intensos de treinamento viriam, talvez meses ou anos, até que estivesse pronto para o ritual de iniciação.
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