
Depois de se recompor, Gilkan arruma suas coisas e coloca a mochila às costas. Deixa a sua tenda desmontada, para que os "mulas" (como são chamados os arrumadores) coloquem-na junto com as demais nas carroças.
Faz tudo rapidamente e calado. Quando está pronto, vai até a tenda de BAhamut, que está sendo desmontada ainda, sob a supervisão de Rasshak. O velho draconato acabara de conversar com dois capitães da guarda e enrola um pergaminho que tem o mapa da região.
“Ah Gilkan, está pronto pra partir! Eu também estarei pronto em alguns instantes, é só os “mulas” terminarem de desmontar a tenda e poderemos partir.”
“Mestre, os demônios podem nos mandar mensagens de alguma forma por sonhos?”
Faz tudo rapidamente e calado. Quando está pronto, vai até a tenda de BAhamut, que está sendo desmontada ainda, sob a supervisão de Rasshak. O velho draconato acabara de conversar com dois capitães da guarda e enrola um pergaminho que tem o mapa da região.
“Ah Gilkan, está pronto pra partir! Eu também estarei pronto em alguns instantes, é só os “mulas” terminarem de desmontar a tenda e poderemos partir.”
“Mestre, os demônios podem nos mandar mensagens de alguma forma por sonhos?”
Rasshak olha espantado para seu tutelado, curioso com a pergunta.
“Bem, talvez possam. Se Bahamut pode nos enviar mensagens e sinais de várias formas, é possível que Baatezus e Tar’Naris possam enviar também. Mas eles devem ...” – ele é interrompido bruscamente por Gilkan, que olha para o horizonte com os olhos inexpressivos.
“A noite passada eu tive um sonho Mestre. Um cenário apocalíptico onde Zanthar estava destruída e eu era o causador dessa destruição. E também era o ass...” - Gilkan não consegue terminar a frase. Lágrimas escorrem em suas faces enquanto olha pela primeira vez para seu amigo.
Rasshak fica sem ação. Ele balbucia algumas coisas ininteligíveis, buscando um jeito de tentar acalmar o jovem filho de seus amigos, que começava a chorar incontrolavelmente.
“Rass, diga-me... eu me tornarei a ferramenta de destruição de Zanthar? Isso foi uma visão do futuro? DIGA-ME, EU SEREI ISSO? “ – o jovem tiefling senta-se, em meio aos soluços, sem forças para manter-se de pé.
Rasshak senta-se ao seu lado e coloca uma das mãos carinhosamente sobre os ombros de Gilkan.
“Não posso lhe dizer que será ou que não será, Gilkan! Talvez tenha sido só um sonho...”
“Não posso lhe dizer que será ou que não será, Gilkan! Talvez tenha sido só um sonho...”
“Não mestre, não foi só um sonho. Eu senti. É como se fosse um chamado... como se fosse uma visão do que irá acontecer. Houve promessas de que eu iria reinar com eles esse mundo. Bastava eu aceitar meu destino. Eu não acredito que cederei aos meus instintos malignos! Onde está minha força de vontade para mostrar que eu não sou assim?"
“Pense um pouco Gilkan, e verás que o seu destino depende das suas decisões. E em que você baseará essas decisões? Sua mãe e seu pai sempre lhe deram bons exemplos, do que deve ser feito para um convívio em harmonia com os outros povos. Nossa relação, por exemplo, é uma demonstração de que o amor fraternal é possível, não importando o que o mundo exterior pense sobre ele. É desses momentos de alegria e fraternidade, que você tirará sua força de vontade. É pelo amor, pela amizade e pela liberdade que você guiará suas decisões, Gilkan. Não acredite em promessas de tirania e de subjugação. Isso é um reino de terror, onde o mais forte se sobrepõe ao mais fraco pela força. Não há afeto, amizade ou respeito. Apenas dor e medo! Mas não cabe a mim tomar as decisões por você, meu jovem. Eu tentei lhe dar recursos para que tomes suas decisões, e espero que esses recursos sejam o suficiente para que possas tomar as decisões certas.” – Rasshak dá um sorriso afetuoso ao seu angustiado amigo.
Depois de alguns minutos em silêncio, cúmplices de um futuro incerto ante a Guerra que se aproxima, ambos decidem que é hora de voltar a Zatnhar. As tropas da cidade já avançam pela estrada , rápido, ficando para trás apenas os guardas de vanguarda, que cuidam da retirada do exército.
Gilkan, após a conversa franca com seu mestre, está mais tranqüilo. Principalmente pelo fato de já ter tomado sua decisão.
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