terça-feira, 12 de janeiro de 2010

(HORVEN) Reencontro familiar...

Horven dirigia-se para sua casa. Levava às costas, sua mochila com roupas e seu martelo, Esmaga-Crânios.
Cumprimentava os seus amigos e conhecidos, assim como alguns mercadores que o conheciam desde pequeno.
Mas o jovem aprendiz de Glenio percebia que fora do monastério, onde reinava uma paz e uma calma quase celestiais, as coisas andavam mais agitadas. Observou que muitos suprimentos eram estocados e outro tanto era preparado para viagem. Muitos soldados do exército andavam pelas ruas com armaduras e armas prontas para uso. As forjas estavam a todo pique, com muitos ajudantes e mestres-artesãos trabalhando incansavelmente na manufatura de armaduras e armas.
Ansioso por chegar logo em casa, ele não parou nem mesmo na forjaria de sua família.
Ao entrar em casa, ouvia seu pai e seu avô conversando na varanda do quintal e sua mãe quase trombou com ele quando apareceu no corredor carregando um monte de caixas e roupas.

"Oh! Horven, meu filho! Que bom você estar aqui! Que Moradin lhe abençoe!" - ela apenas dá um beijo no filho e já vai para o outro cômodo levando as coisas nos braços.

O anão segue para a varanda. No caminho, joga a mochila e o martelo para dentro de seu quarto.
Chegando ao local em que seu pai e avô estavam conversando, bebendo e fumando, o primeiro levanta-se e dá um forte abraço no filho:

"Ah, meu rapaz! Como você está?"

Horven retribui o abraço e diz que está bem. O pai, afasta-se um pouco, segurando ainda o filho pelos ombros. E com um olhar expressivo de orgulho, fala:

"Ve só! Já é um homem! Braços fortes! Um digno guerreiro dos Martelos de Ferro! O que acha pai?" - conclui, perguntando ao velho avô de Horven.

"Bah! Tá forte mesmo, mas pode ter ficado um pouco menos vigoroso enquanto tá só treinando falar bonito! Aproveitaria melhor se tivesse aqui treinando comigo!"

Ryswin, ao ouvir o comentário do sogro, grita lá de dentro da casa.

"Eu ouvi isso, seu velho guerreiro. É mais teimoso que um orc desgarrado. Mas deixe estar, Moradin sabe ser piedoso, mesmo com você!"

Na varanda, os três anões caem na gargalhada.
após alguns momentos, então continuam a conversar sobre o que falavam, antes da chegada de Horven.
O jovem anão senta-se em um dos bancos de pedra próximos ao local onde seus familiares estão.

"Eu tava falando pro teu avô, Horven, que os Drows lideram uma horda de criaturas do subterrâneo para atacar os povos da superfície. Só que essa horda, além disso, também está atacando as nossas rotas comerciais sobre Undermountain. Isso tá prejudicando nossos negócios."

"Mas isso não vai durar. Orcs sendo liderados por Drows? Ha! Nunca que essa aliança vai durar! Anota o que to dizendo: no inverno, tá desfeita a aliança entre eles!" - o avô de Horven foi incisivo. Mas seu pai, está um pouco mais cético.

"Não sei não! Enquanto voltávamos de nossa última viagem, perdemos 6 carroças de suprimentos por não conseguir defende-las dos saqueadores. Além disso, perdi 12 dos melhores escoltadores que tínhamos. Os Orcs nos atacaram primeiro. Formamos a nossa linha defensiva como sempre fazemos contra essas criaturas burras. Mas algo diferente neles fez com que a gente ficasse preocupado. Depois que matamos alguns deles, eles pararam com o ataque e entraram em formações. Parecia que tavam em transe. Quando era tocada uma corneta, eles tomavam decisões e acões diferentes. Parece que era um exército bem treinado, e não um bando de uma tribo qualquer."

Horven então comenta:

"Então é verdade! Há uma guerra acontecendo?"

Seu avô cutuca Cadric com o cotovelo e comenta:

"Viu, já tá começando a falar bonitinho como a mãe! É o fim da nossa família."

Cadric só dá um sorriso pro pai, e responde ao filho:

"Sim Horven, tem uma guerra que tá rolando. O rei dos humanos mandou um mensageiro deles com um pedido de formar uma aliança entre anões e humanos. Amanhã e depois o Conclave do Martelo vai acontecer. E os grandes líderes de nosso clã decidirão se vamos ou não vamos pra guerra."

Horven fica pasmo diante das informações. Ele sente o sangue esquentar pela emoção de poder participar de batalhas, afinal, os Paladinos de Moradin não ficarão de fora se houver a aliança com os humanos.
E, com um turbilhão de pensamentos, Horven participa da ceia noturna e vai para sua cama, adormecendo só quando chega a exaustão.

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