quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

(Paella) Um Vingadorde Corellon e dos Eladrins da Floresta da Lua...

As orações e meditações eram infindáveis inicialmente. Parecia durarem uma eternidade. Paella queria treinar o uso da espada e do arco, mas seu mestre não cedia aos instintos de Paella, e fazia com que o jovem aprendiz aguentasse todo o ritual.

Com o passar do tempo, o rapaz agitado e intempestivo deu lugar a um devoto de CORELLON:  calmo, racional e apaixonado pela doutrina de sua amada divindade.

Os longos e tortuosos caminhos que um Vingador da Fé enfrenta em seu treinamento chegavam aos seus dias finais. Foram 3 anos onde Paella aprendeu o manejo da espada longa, que tornara-se como parte de seu corpo; a atirar flechas mortais com seu arco longo. Tornou-se obcecado pela doutrina de CORELLON e um dos mais dedicados Lâminas Patreadas que Elian já treinou. Um aprendiz que ele acredita ser um escolhido pela divindade para realizar grandes feitos.

E, naquela noite em questão, Paella usava todo seu aprendizado.

O Orador da Lua e seu Conselho decidiu tomar uma atitude quanto aos acontecimentos ocorridos dias antes, quando uma horda de Trolls invadiu o portal feérico localizado na Floresta da Lua, e que conecta o lar de Paella ao Plano Material. A Horda era liderada por Illithids e por Xanaro'th, um Beholder Morto-Vivo.

O ataque surpresa ceifou centenas de vidas dos Eladrins da Cidade Brilhante, deixando um rastro de destruição pela bela cidade feérica. Quando a horda foi expulsa, muitos Lâminas Prateadas foram despachados para o Plano Material com a missão de adquirirem informações do motivo do ataque devastador dos Trolls.

Paella, e outros que o acompanhavam, seguiu os rastros da horda por 10 dias. Até que encontrou-os acampados nas bordas da Floresta da Lua. Agora encontrava-se escondido pelas sombras bruxuleantes do acampamento, do lado de fora da tenda dos líderes da Horda, ouvindo tudo que planejavam.

A menos de 6 metros dele estavam as duas sentinelas que guardavam a tenda central da horda, mas não percebiam a presença do Eladrin ali, tão próximo e mortal.

"Argh! Pare de falar asneiras Xanaro'th, podemos vencer se atacarmos agora. Nosso ataque aos Eladrins foi um sucesso e agora temos que ficar aqui, descansando? Nós devemos atacar, mostrar pra eles que nós já estamos dentro do país deles!"

"Você é um tolo Morgoth! Tenho informações que os anões e humanos selaram uma aliança de Guerra. O Clã Martelo de Batalha, inclusive, atacou um dos postos avançados dos Drows e destruiu o local. O Rei Iliadas também reuniu todo o exército de Iggspur e mais algumas centenas de mercenários e fortificou toda a fronteira. Se nós atacarmos agora, podemos ser esmagados pelos exércitos de Iliadas. Nós vamos ficar aqui, aguardando as ordens de Loraxxsa! Ponto final!"

"Mas ela já completou o ritual. Os demônios já estão seduzindo os Tieflings. É questão de dias, Xanaro'th. Vamos atacar e levar medo aos nossos inimigos."

Paella ouve murmúrios de aprovação dentro da tenda mas o tal Xanaro'th resiste e mantém a ordem de não atacar. Com uivos de ira, os Trolls retiram-se da reunião e alguns instantes depois tudo fica calmo no acampamento inimigo.

Uma imitação do pio de uma Coruja-Ártica é o sinal.
Paella esgueira-se novamente por entre os Trolls adormecidos e pelas sentinelas mortas e reúne-se, fora do acampamento da horda, com os outros Lâminas Prateadas que fazem parte do grupo de busca.

Elian, líder daquele grupo, então sussurra:

"Hora de voltarmos para casa e informamos tudo que descobrimos. O Orador deve decidir logo se entraremos na Guerra ou se vamos ficar esperando os Drows destruirem toda Iggspur e depois vir destruir nossa bela Cidade de uma vez por todas. Vamos Lâminas, hora de partirmos."

E assim retornam para a Cidade Brilhante.
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(HORVEN) Decisões...


Após toda adrenalina pelas notícias que seus pais trouxeram sobre a Guerra, Horven dormiu pouco aquela noite. Acordou ainda de madrugada e deixou sua mente vagar em mil pensamentos...

Era verdade que ficara mais forte desde que começou seu treinamento com Glenio, mas também era verdade que não tinha experiência com guerras. Não era como seus pais que tinham incrustado em seus músculos os pesares que cada guerra traz. Era um jovem garoto, chegando aos poucos a maturidade e com suas palavras ficando mais robustas, com maior significado.

Sua fé era seu dogma principal. Era incrédulo sobre isso a princípio, mas vê hoje, em Glenio, mais do que seu Mestre. Vê nele alguém em quem pode confiar sua vida. Esse é o maior bem que um Anão pode dar a outro. Crer em Moradin não era apenas balbuciar algumas preces e palavrinhas mágicas. Era sentir o Abraço de Moradin mantendo seu corpo em pé apesar de todas as dificuldades.

Durante seu treinamento, sentiu vontade de desistir em diversas ocasiões. De fato o treinamento não era fácil. Mente e corpo unidos. Seu corpo tinha de ser o corpo de Moradin. Não era meramente agitar a sua arma e esperar o melhor resultado. Você, como um soldado de Moradin, tinha de ser o pilar de fé. Não importa a dor que estejas sentindo ou ferimentos que estejas abrigando. Enquanto sua mente estiver viva, você protegerá seus semelhantes a qualquer custo, mesmo com sua própria vida.

Com a ajuda do seu avô, havia idealizado e trazido à vida seu Esmaga-Crânios, em perfeição. Técnicas nunca esquecidas e quem sabe aperfeiçoadas. Esperaria pela decisão do Conclave sobre a guerra, mas não iria ficar parado. Tinha sim uma excelente arma, mas não tinha uma armadura ao qual fosse capaz de dizer: “Estou pronto, Moradin.”.

Para isso, resolvera que só iria sair da fornalha da armoaria de seus ancestrais, quando pudesse sentir orgulho da sua armadura, o mesmo sentimento que seu Avô teve em relação ao seu martelo. Porém antes de começar a malhar os diversos minerais, tinha uma dúvida: afinal, como seria uma armadura digna para Moradin? Estava sem respostas para essa indagação. Com isso, teria que questionar seu Avô e encontrar o que busca.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

(Northolt) A Guerra prolonga-se...


As muralhas do Forte Furiondy estão calmas esta noite. As tochas e braseiros iluminam todas as pontas da grande estrela formada pela estrutura de mais de 10 metros de altura, construída em pedra e que tem 4,5m de espessura.
Northolt está no alto de uma das torres que ficam no portão principal. Lá embaixo, nas planícies que cercam a colina em que foi construída a fortaleza, as hordas de orcs, burgbears e goblins, estão acampadas e descansando após um longo dia de combates. Centenas de tochas iluminam o vasto acampamento inimigo, revelando os estandartes de vários clãs e tribos que fazem parte daquele cerco.
Mas esta noite, tudo está calmo.

O meio-elfo, quando alistou-se há mais de 1 ano, esperava que essa guerra fosse durar pouco tempo. Afinal, criaturas como Orcs e Goblins nunca lutam por muito tempo. Eles sempre atacam os reinos humanos, élficos e anões. Mas não aguentam uma Guerra prolongada.

Mas ele estava enganado. Essa Guerra já durava um longo tempo, e parecia que muito mais tempo iria demorar até que terminasse.
Notícias chegavam dizendo que dois reinos vizinhos à Iggspur haviam caído nas mãos inimigas. Northolt acreditava nas notícias, pois os reinos citados eram fracos militarmente. Espantava-se apenas por terem conseguido resistir por quase 1 ano.

Então lembrou-se de sua família. Havia mais de 1 ano que não os via. Sempre recebia notícias deles. Mas essas foram interrompidas há cerca de 2 meses, quando o cerco ao Forte Furiondy começou. Desde então, sem notícias, só pode orar para que Rênio esteja cuidando bem de sua família e propriedades.

Os sons de passos dentro da fortaleza atraem a atenção do soldado, e fica grato pela visão que teve ao olhar para o local de onde vinham os sons. Era uma tropa de soldados que chegava para fortalecer as guarnições da fortaleza. Traziam flechas e suprimentos com eles.
Enquanto a rota subterrânea criada e defendida pelos anões estivesse segura, Furiondy não cairia, pensou Northolt. A fortaleza poderia ficar cercada o tempo que fosse necessário. E, isso, faria com que pelo menos 10 mil inimigos não avançassem pelo território do reino. Pois ficariam aqui tentando tomar a fortaleza.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

(Northolt) Veterano de Guerra aposentado? Vai sonhando...


Northolt Anastrian Kurdak podia considerar-se bem sucedido em sua vida.
Era proprietário de uma fazenda que ficava bem próxima à capital de Iggspur. Cultivava trigo, milho, frutas e tinha algumas vacas para fornecer leite. Além disso, seu haras era bem movimentado, pois seus cavalos eram bons procriadores e procurados, principalmente, pelos oficiais do exército real.
Enquanto acompanhava seus 6 vassalos arando o campo para o plantio de grãos, observava seus dois filhos brincando com espadas de madeira debaixo de uma enorme figueira que ficava próximo à sua residência. Sua mulher e sua mãe, sentadas na varanda, bordavam uma bandeira para seu cunhado, que fazia parte da milícia da capital do reino de Iggspur.
Na administração de sua propriedade, Northolt podia contar com um antigo amigo da família, leal e honrado, em que confiava como a si mesmo: o elfo de nome Rênio.
Outrora, o desejo de Northolt foi de estar no campo de batalha. Ser um comandante de batalhão, para enfrentar inimigos. Assim como seu pai foi, pelas histórias que sua mãe (elfa) conta. Mas nunca conseguiu o reconhecimento necessário para galgar as posições almejadas no exército. Também foi deixado de lado várias vezes quando os apadrinhados dos homens mais ricos e próximos ao rei, eram indicados aos cargos de comando. Mesmo sem experiência ou sem coragem para enfrentar uma batalha, eles deixavam Northolt para trás, apenas por ter dinheiro ou por serem parentes de políticos famosos.
Decepcionado, e apaixonado por Liadree, o veterano decidiu que deixaria a vida militar para criar uma família. Iria se dedicar a criar um futuro decente para seus filhos.
Quando rumores correram o reino anunciando que uma Horda de várias criaturas atacava os reinos vizinhos, Northolt buscou informações sobre a veracidade de tais rumores. No início nada foi confirmado, mas com o passar dos meses, os reflexos de uma grande guerra ocorrendo fora das fronteiras de Iggspur se fizeram sentir no reino. O comércio perdeu a força. Homens foram convocados para se alistar e treinar com o exército real. Batalhões foram despachados para as fortalezas nas fronteiras do reino. Em um só dia, o comandante Ruhmann comprou mais de 20 corcéis negros (os melhores cavalos para combate) de Northolt, e já havia feito encomendas para os próximos que estivessem prontos para serem levados. Até que finalmente, um comunicado real foi divulgado por cada vila, aldeia e cidade do reino: Os Drows de Underdark lideram um grandioso exército de Orcs, Goblins e outras criaturas vis em uma Guerra sem precedentes. O Rei Iliadas está tomando todas as providências para que Iggspur não seja invadida. Ele pede que todos os homens que saibam manusear uma arma, apresente-se o mais rápido possível ao posto do exército mais próximo para se alistar e receber o treinamento adequado.
Northolt então vê a oportunidade de realizar seu maior sonho. Ele fica com o coração partido, mas não pode deixar cumprir com o chamado real. Em seu sangue corre o sangue de seu pai, que foi um líder em batalha.
Após dois dias de preparações, finalmente Northolt pode partir para a capital. E lá, ele se alistou e treinou durante 2 meses.
Então, foi à Guerra!
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(Paella) O treinamento do Eladrin Lâmina Prateada



Paella está deitado em sua cama, observando o céu estrelado. Ele ficou com o quarto que fica no último andar de uma das torres do alojamento dos Lâminas Prateadas.
A janela do quarto é alta, e permite que veja-se o céu acima das copas das árvores da densa floresta onde residem os Eladrins de Iggspur.

No pensamento do jovem aprendiz dos Lâminas Prateadas, ecoam as palavras de Elian, seu mestre e instrutor.
Foram, apenas os primeiros 15 dias de um rigoroso treinamento doutrinário e dogmático. Elian prepara seus discípulos mentalmente, antes de iniciar os treinos físicos e técnicos.
O instrutor ensinou a seu aluno que antes de poder utilizar suas habilidades de de subterfugio ou de ataque, um Lamina Prateada deve estar preparado para suportar as pressoes psicologicas que sofrerá. Sendo uma tropa de elite dos Eladrins, os LP's devem ser capazes de esguerirar-se e de caminhar por entre a vegetação, tão sorrateiramente quanto o mais hábil caçador de sua raça. Deve ser capaz de ficar horas imóvel, escondido nas sombras, aguardando o momento certo de agir. Deve ser hábil com o manejo de sua arma e capaz de matar com um único golpe a vítima. Deve ser capaz de infiltrar-se por entre as tropas inimigas, sem ser notado; penetrar nos quartéis inimigos, assassinar seus comandantes a sangue frio, e retonar, sorrateiramente, a segurança das cidades Eladrins. Deve ser capaz de suportar o mais extremo calor e o mais extremo frio, sem perder o equilibrio mental. Deve adorar sua divindade e sua Ordem, sem fraquejar. E muitas outras façanhas que não podem ser exercidas por qualquer um. Só por um Lâmina Prateada.

O jovem aprendiz abre um sorriso ao relembrar de um momento ocorrido nos primeiros dias: o seu instrutor colocou-o sobre um toco de árvore, onde o jovem aprendiz mal conseguia ficar em pé, apoiado sobre um deles. ao redor do toco de árvore, espalhou muitos estrepes pontiagudos. Deu um livro a Paella e ordenou q ele começasse a leitura em voz alta.
E assim foi feito. Com o passar do tempo, as pernas de Paella começaram a doer. Mas ele tinha que ficar de pé, sobre um ou outro pé, pois no chão estavam strepes que iriam feri-lo.
Quando percebeu que o jovem começava a ficar cansado e com a leitura mais pausada, Elian ordenava que le-se mais rápido, e ao mesmo tempo, arremessava pequenas pedras no discípulo. E ali ficaram horas a fio.

E as coisas foram piorando. Mas Paella, ao memso tempo que estava esgotado mental e fisicamente (Elian sempre lembrava-o de que o treino físico ainda estaria por vir), percebia que seu grau de concentração havia aumentado significativamente, assim como sua capacidade de ficar imóvel por várias horas, sem que seus músculos reclamassem através de caibras ou espasmos. Percebeu que os métodos de Elian eram um tanto quanto retrogrados e cruéis, mas ao mesmo tempo eram muito efetivos.

E com esses pensamentos, adormeceu, sabendo que mais dias intensos de treinamento viriam, talvez meses ou anos, até que estivesse pronto para o ritual de iniciação.
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(GIlkan) Um Tiefling de bom coração!


Depois de se recompor, Gilkan arruma suas coisas e coloca a mochila às costas. Deixa a sua tenda desmontada, para que os "mulas" (como são chamados os arrumadores) coloquem-na junto com as demais nas carroças.
Faz tudo rapidamente e calado. Quando está pronto, vai até a tenda de BAhamut, que está sendo desmontada ainda, sob a supervisão de Rasshak. O velho draconato acabara de conversar com dois capitães da guarda e enrola um pergaminho que tem o mapa da região.

“Ah Gilkan, está pronto pra partir! Eu também estarei pronto em alguns instantes, é só os “mulas” terminarem de desmontar a tenda e poderemos partir.”

“Mestre, os demônios podem nos mandar mensagens de alguma forma por sonhos?”


Rasshak olha espantado para seu tutelado, curioso com a pergunta.


“Bem, talvez possam. Se Bahamut pode nos enviar mensagens e sinais de várias formas, é possível que Baatezus e Tar’Naris possam enviar também. Mas eles devem ...” – ele é interrompido bruscamente por Gilkan, que olha para o horizonte com os olhos inexpressivos.


“A noite passada eu tive um sonho Mestre. Um cenário apocalíptico onde Zanthar estava destruída e eu era o causador dessa destruição. E também era o ass...” - Gilkan não consegue terminar a frase. Lágrimas escorrem em suas faces enquanto olha pela primeira vez para seu amigo.


Rasshak fica sem ação. Ele balbucia algumas coisas ininteligíveis, buscando um jeito de tentar acalmar o jovem filho de seus amigos, que começava a chorar incontrolavelmente.

“Rass, diga-me... eu me tornarei a ferramenta de destruição de Zanthar? Isso foi uma visão do futuro? DIGA-ME, EU SEREI ISSO? “ – o jovem tiefling senta-se, em meio aos soluços, sem forças para manter-se de pé.

Rasshak senta-se ao seu lado e coloca uma das mãos carinhosamente sobre os ombros de Gilkan.
“Não posso lhe dizer que será ou que não será, Gilkan! Talvez tenha sido só um sonho...”

“Não mestre, não foi só um sonho. Eu senti. É como se fosse um chamado... como se fosse uma visão do que irá acontecer. Houve promessas de que eu iria reinar com eles esse mundo. Bastava eu aceitar meu destino. Eu não acredito que cederei aos meus instintos malignos! Onde está minha força de vontade para mostrar que eu não sou assim?"


“Pense um pouco Gilkan, e verás que o seu destino depende das suas decisões. E em que você baseará essas decisões? Sua mãe e seu pai sempre lhe deram bons exemplos, do que deve ser feito para um convívio em harmonia com os outros povos. Nossa relação, por exemplo, é uma demonstração de que o amor fraternal é possível, não importando o que o mundo exterior pense sobre ele. É desses momentos de alegria e fraternidade, que você tirará sua força de vontade. É pelo amor, pela amizade e pela liberdade que você guiará suas decisões, Gilkan. Não acredite em promessas de tirania e de subjugação. Isso é um reino de terror, onde o mais forte se sobrepõe ao mais fraco pela força. Não há afeto, amizade ou respeito. Apenas dor e medo! Mas não cabe a mim tomar as decisões por você, meu jovem. Eu tentei lhe dar recursos para que tomes suas decisões, e espero que esses recursos sejam o suficiente para que possas tomar as decisões certas.” – Rasshak dá um sorriso afetuoso ao seu angustiado amigo.


Depois de alguns minutos em silêncio, cúmplices de um futuro incerto ante a Guerra que se aproxima, ambos decidem que é hora de voltar a Zatnhar. As tropas da cidade já avançam pela estrada , rápido, ficando para trás apenas os guardas de vanguarda, que cuidam da retirada do exército.
Gilkan, após a conversa franca com seu mestre, está mais tranqüilo. Principalmente pelo fato de já ter tomado sua decisão.


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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

(HORVEN) Reencontro familiar...

Horven dirigia-se para sua casa. Levava às costas, sua mochila com roupas e seu martelo, Esmaga-Crânios.
Cumprimentava os seus amigos e conhecidos, assim como alguns mercadores que o conheciam desde pequeno.
Mas o jovem aprendiz de Glenio percebia que fora do monastério, onde reinava uma paz e uma calma quase celestiais, as coisas andavam mais agitadas. Observou que muitos suprimentos eram estocados e outro tanto era preparado para viagem. Muitos soldados do exército andavam pelas ruas com armaduras e armas prontas para uso. As forjas estavam a todo pique, com muitos ajudantes e mestres-artesãos trabalhando incansavelmente na manufatura de armaduras e armas.
Ansioso por chegar logo em casa, ele não parou nem mesmo na forjaria de sua família.
Ao entrar em casa, ouvia seu pai e seu avô conversando na varanda do quintal e sua mãe quase trombou com ele quando apareceu no corredor carregando um monte de caixas e roupas.

"Oh! Horven, meu filho! Que bom você estar aqui! Que Moradin lhe abençoe!" - ela apenas dá um beijo no filho e já vai para o outro cômodo levando as coisas nos braços.

O anão segue para a varanda. No caminho, joga a mochila e o martelo para dentro de seu quarto.
Chegando ao local em que seu pai e avô estavam conversando, bebendo e fumando, o primeiro levanta-se e dá um forte abraço no filho:

"Ah, meu rapaz! Como você está?"

Horven retribui o abraço e diz que está bem. O pai, afasta-se um pouco, segurando ainda o filho pelos ombros. E com um olhar expressivo de orgulho, fala:

"Ve só! Já é um homem! Braços fortes! Um digno guerreiro dos Martelos de Ferro! O que acha pai?" - conclui, perguntando ao velho avô de Horven.

"Bah! Tá forte mesmo, mas pode ter ficado um pouco menos vigoroso enquanto tá só treinando falar bonito! Aproveitaria melhor se tivesse aqui treinando comigo!"

Ryswin, ao ouvir o comentário do sogro, grita lá de dentro da casa.

"Eu ouvi isso, seu velho guerreiro. É mais teimoso que um orc desgarrado. Mas deixe estar, Moradin sabe ser piedoso, mesmo com você!"

Na varanda, os três anões caem na gargalhada.
após alguns momentos, então continuam a conversar sobre o que falavam, antes da chegada de Horven.
O jovem anão senta-se em um dos bancos de pedra próximos ao local onde seus familiares estão.

"Eu tava falando pro teu avô, Horven, que os Drows lideram uma horda de criaturas do subterrâneo para atacar os povos da superfície. Só que essa horda, além disso, também está atacando as nossas rotas comerciais sobre Undermountain. Isso tá prejudicando nossos negócios."

"Mas isso não vai durar. Orcs sendo liderados por Drows? Ha! Nunca que essa aliança vai durar! Anota o que to dizendo: no inverno, tá desfeita a aliança entre eles!" - o avô de Horven foi incisivo. Mas seu pai, está um pouco mais cético.

"Não sei não! Enquanto voltávamos de nossa última viagem, perdemos 6 carroças de suprimentos por não conseguir defende-las dos saqueadores. Além disso, perdi 12 dos melhores escoltadores que tínhamos. Os Orcs nos atacaram primeiro. Formamos a nossa linha defensiva como sempre fazemos contra essas criaturas burras. Mas algo diferente neles fez com que a gente ficasse preocupado. Depois que matamos alguns deles, eles pararam com o ataque e entraram em formações. Parecia que tavam em transe. Quando era tocada uma corneta, eles tomavam decisões e acões diferentes. Parece que era um exército bem treinado, e não um bando de uma tribo qualquer."

Horven então comenta:

"Então é verdade! Há uma guerra acontecendo?"

Seu avô cutuca Cadric com o cotovelo e comenta:

"Viu, já tá começando a falar bonitinho como a mãe! É o fim da nossa família."

Cadric só dá um sorriso pro pai, e responde ao filho:

"Sim Horven, tem uma guerra que tá rolando. O rei dos humanos mandou um mensageiro deles com um pedido de formar uma aliança entre anões e humanos. Amanhã e depois o Conclave do Martelo vai acontecer. E os grandes líderes de nosso clã decidirão se vamos ou não vamos pra guerra."

Horven fica pasmo diante das informações. Ele sente o sangue esquentar pela emoção de poder participar de batalhas, afinal, os Paladinos de Moradin não ficarão de fora se houver a aliança com os humanos.
E, com um turbilhão de pensamentos, Horven participa da ceia noturna e vai para sua cama, adormecendo só quando chega a exaustão.

(HORVEN) Primeiras notícias da Guerra


6 meses haviam passado desde a última notícia de seus pais.
Horven estava concentrado em sua doutrina religiosa, no grande monastério de Moradin.
Por influência de seu avô, que queria que ele fosse um guerreiro (assim como Horven o queria), mas sem contrariar a sua nora, mostrou ao jovem neto que o melhor caminho a seguir seria ele tornar-se um Paladino. Ou seja, mixar a arte da guerra com as inspirações divinas, sem dar preferência para um ou para outro ramo.

O monastério em que o jovem acólito estudava os dogmas de Moradin e treinava as técnicas de guerra ficava no topo de uma falésia subterrânea, que margeava o Nyr Dyv (Rio de Prata). Estando nas muralhas do monastério, podia-se ver abaixo, na margem oposta do rio, a principal rota comercial que saía de Khaza-dûm.
Naquele momento, Horven observou uma tropa de cerca de 200 anões, bem armados e com suprimentos, partindo da cidade. Metade deles usava Lagartos Monitores gigantes como montaria.
O mestre Glenio parou ao seu lado na muralha. Como se tivesse lido o pensamento do seu jovem discípulo ele fala com seus maneirismo calmos:

"Parece que uma grande Guerra está começando meu rapaz. Rumores vindos das rotas nos últimos dias noticiam que vários ataques têm ocorrido às caravanas. Além disso, há informações que uma grande horda de Orcs, goblins e bugbears atacaram várias cidades humanas na superfície. Pelo que nossos informantes disseram, essas hordas foram lideradas por Drows e Ilithids (Devoradores de Mente)."

Horven, entusiasmado e com o sangue fervendo pela possibilidade de combate, interrompe seu mestre.

"Então devemos nos preparar também Mestre Glenio! Os guerreiros de nosso clã precisam da palavra de Moradin em seus corações para vencerem as batalhas."

O velho mestre dá um sorriso divertido da impaciência e da temerosidade dos jovens.

"Não há confirmações de que realmente há uma guerra acontecendo. Até o momento, são rumores e informações. Esses ataques podem ser apenas saques. O inverno está chegando, e é comum que nessa época hajam ataques dessas criaturas para acumular suprimentos. Então, acalme seu coração e seu martelo, pois tens muito ainda a aprender antes de querer coloca-lo em ação."

Um silencio forçado quase irrita o jovem Horven.

"Mas eu vim aqui pra lhe dizer outra coisa, Horven. Seu avô pediu para avisá-lo que seus pais chegam dentro de 2 semanas. Eles pediram minha permissão para que você deixe seu treinamento por 3 dias, de forma a poderem vê-lo. Então, dentro de 2 semanas, você terá 2 3 dias de folga para ir para sua casa ter um pouco com seus pais. Mas até lá, você dobrará seus esforços nos treinamentos e nos estudos, para compensar essa folga. Boa noite!"

Horven explodia de alegria por dentro. Estava com saudade dos pais, que não via há mais de 6 meses. E assim, durante 2 semanas, ele estudou e treinou intensamente. Glênio garantiu que não afrouxasse nem um pouco. E Horven terminava os dias extenuado. Sua mente cansada tanto quanto seus músculos. Mas antes de dormir lembrava que veria seus pais, e isso lhe dava forças para continuar.

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