terça-feira, 15 de novembro de 2011

KHAOS REPORT # 029

Northolt se aproxima do anão e o cumprimenta com pequenos tapas em seu ombro.

"Acredito que minhas palavras, agora, seja igual a dos demais, Goulash. Você demonstrou muita habilidade de combate e será um aliado valioso em nosso grupo. Todos temos objetivos distintos, mas no final, todos também sabemos que esta aliança que se forma - e se formou desde que nos conhecemos - será vital para que os objetivos individuais sejam alcançados."

Todos concordam com o veterano combatente e Paella saúda o mais novo membro da comitiva com um brinde acompanhado dos demais.
Mas Northolt ainda tinha algo a dizer:

"No entanto, amigos, ainda não decidimos o que faremos com a cabeça de Sinruth. Está na hora de partirmos. Não devemos nos demorar mais! Meu voto é para encobrirmos a morte do Hobgoblin e ficarmos de vigia para a chegada deste tal "emissário". Votem apenas, já sabemos a opinião de todos. Precisamos apenas chegar à maioria."

Neste momento Sertanian decide falar.

"Não precisam se preocupar em levar a cabeça para provar seus feitos, heróis! Eu presenciei tudo o que fizeram e, assim como os demais libertos, somos provas vivas de que invadiram o covil dos Garras Vermelhas e mataram Sinruth! ainda que não tenham pedido, meu voto, assim como os demais brindolnianos, é de que esta cabeça seja jogada de volta ao covil deles. Não queremos que haja insultos e provocações aos braços armados da Horda. Talvez em Iggspur o exército seja forte e mantenha os Drows e seus asseclas longe de suas vilas e cidades. Mas a realidade em Korzus é diferente! Estamos ainda nos levantando após mais de 4 anos sob o julgo da Horda. Nossas cidades ainda não estão plenamente fortes e nosso exército se reestrutura na capital provisória. Se provocarmos a ira da Horda, neste momento, Brindol e seu povo pode ser varrida do mapa, de uma vez por todas! A derrota de Sinruth é importante. Mas provocar a ira dos outros aspirantes a líderes dos Garras Vermelhas não é algo que desejamos. Pelo menos, nesse momento!"

Ele se aproxima da fogueira e as sombras e luzes das chamas dão um ar imponente aquele senhor, relembrando seus tempos de glórias quando herói do exército de Korzus, e encerra seu pronunciamento:

"Deixemos a cabeça e voltemos a Brindol, com urgência. A época de nevascas aproxima-se. Ao norte já é possível ver os sinais. Devemos partir rapidamente para chegarmos em segurança à cidade. Este é o meu voto!"

Gilkan, já preparando sua mochila para viagem, concorda com o velho Castelão:

“Certo Sertanian! Então deixemos a cabeça dele por aqui. Mas espetada em uma estaca para que fique um aviso! Afinal, com a fuga de alguns membros do clã, não teremos como encobrir a morte de Sinruth!"

Paella e os demais concordam com essa opção. Goulash, incomodado com o frio intenso, comenta:

Vamos logo então! Façam o que tem que ser feito e vamos logo para Brindol. Não quero congelar dentro dessa armadura!!!” – e o comentário é seguido de riso dos demais.

Assim, Paella e Northolt preparam o aviso na entrada do covil enquanto Gilkan e Sertanian organizam os brindolnianos libertos para a viagem. Apenas Mâsh fica separado dos demais, olhando para o norte, com suas preocupações pessoais tomando conta de sua mente naquele momento. Para ele, não importa o que querem fazer. Ele deseja partir para Cirith Hill o mais breve possível.
Após as primeiras horas de viagem pelas encostas e rotas secundárias que levavam ao Covil dos Garras Vermelhas, chegam à estrada principal novamente.
Deste ponto em diante conseguem acelerar o ritmo e pouco antes do amanhecer alcançam um grupo de cerca de 12 refugiados.
Eles viajam vagarosamente e com pouca proteção para o frio que faz. Os que mais sofrem são as crianças – grande maioria do grupo – e que passam a maior parte do tempo amontoadas na única carroça que levam. Mulheres e homens caminham cansados, guiando o boi que puxa a carroça e os dois pôneis que levam o pouco suprimento que têm. Dentre as mulheres do grupo, duas estão próximas aos oito meses de gestação. Todos estão sujos e famintos.
Quando se aproximam do grupo as crianças, com a característica curiosidade infantil, se aglomeram no vão da tenda montada sobre a carroça, desejosas por verem os viajantes em suas armaduras e empunhando suas armas.
Os homens do grupo avançam, tremulamente, e formam um cordão defensivo muito frágil, com suas armas improvisadas (paus, machado de corte e rastelo de metal).
Sertanian adianta-se:

"Não tenham medo senhores! Não viemos lhes fazer mal! Somo moradores de Brindol e retornamos à cidade! Meu nome é Sertanian, Castelão de Pelor e do Salão das Grandes Honras de Brindol e do Vale Elsir!”

O homem que parece liderar aquele bando de refugiados acena com a cabeça e todos se desarmam:

“Seu nome é conhecido, senhor! Ficamos felizes em poder encontrar brindolnianos e saber que a cidade ainda é livre! Por favor, ajudem-nos! Estamos viajando há dois dias sem nos alimentar direito. Nossas mulheres e crianças estão famintas!”

Rapidamente os dois grupos se unem e preparam um acampamento improvisado para passarem a noite que se aproxima. Acendem duas fogueiras e aquecem-se ao redor delas. Alimentados, descansam e conversam para saber o que ocorreu.
Os heróis descobrem que os refugiados estão viajando há dois dias. Vêm de uma aldeia de agricultores ao norte, chamada Mommill.
Sertanian explica que é uma aldeia muito pequena, que vive da caça e do plantio. Outrora servia de pousada para viajantes que vinham dos reinos ao norte de Korzus para negociar no Mercado de Brindol.
O líder dos refugiados, chamado Aurill, também revela que quatro gigantes desceram a montanha e saquearam a aldeia em busca de comida. Sem alimentos e com a chegada do inverno, os moradores da aldeia não tiveram outra opção senão fugirem para Brindol.
Sertanian questionou sobre o destacamento de 20 soldados que ficavam de prontidão em uma torre de vigia próxima a aldeia, ao qual Aurill respondeu que haviam partido 3 dias antes do ataque dos gigantes, ficando apenas uma guarnição de 4 homens. Eles foram investigar rumores de que um dragão negro estaria habitando um charco nos arredores. Mas após três dias, não voltaram.
A conversa continua por mais um tempo até que muitos adormecem, agradecidos por estarem compartilhando o calor da fogueira ante a chegada inescapável do rigoroso inverno de Korzus.

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