sexta-feira, 29 de abril de 2011

KHAOS REPORT #019 (Sessão dia 15.01.2011)

Visão de Brindol à noite.


O velho Castelão senta-se na sua cadeira de trabalho, atrás de uma grande mesa de madeira ocupada por dezenas de manuscritos, papiros, livros e outros utensílios úteis a um historiador. Percebendo o desconforto de Horven com a presença do seu guia na sala, que está trabalhando em uma mesa próxima à porta, Sertanian avisa-o.

“Ah, não se preocupe com ele. Ele está muito concentrado no que está fazendo rapaz. Ele é meu escriba de confiança. Está, neste momento, traduzindo textos deixados pelos antigos Auriianos, quando a escrita e a língua dessas terras era muito diferente do que temos atualmente. Este é apenas o segundo exemplar que está sendo feito. O que concluímos dez anos atrás encontra-se na Biblioteca Real de Ilíadas, na capital de Iggspur. Medidas de segurança por causa da Guerra.”

Oferece assento ao anão e pergunta: “então, em que posso ajuda-lo?”

Horven explica a missão confiada a ele e seus amigos pelo Rei Ilíadas e depois entrega a velha e surrada algibeira de couro ao Castelão. Ele abre um largo sorriso e demonstra um grande alívio quando pega esta nas mãos.

“Você nos trás excelentes notícias, meu jovem! Realmente, excelentes notícias! Já começava a pensar que Ilíadas não iria cumprir com sua promessa. E lhe digo, rapaz, seria a primeira vez que isso iria acontecer. Mas muito bem, já que chegamos aqui, devemos continuar e agora devo ficar a sós. Tenho que fazer o que tem que ser feito. Fique na cidade até que eu o contacte rapaz. Encontrarão boa hospedagem, comida e bebida na Hospedaria do Corvo Suplicante. Tristan irá levá-los até lá e dirá para Andraki que vocês são meus convidados e que a estadia será por minha conta. Ouça bem, rapaz, a estadia! E outro aviso: Andraki é um homem nobre e mantém aquela taverna em alto nível, com a presença de muitos aristocratas. Então, procurem não criar problemas e sejam o mais polido possível. Garanto que não irão se arrepender de estarem lá!”

Horven argumenta que não podem ficar na cidade e que têm outra missão a cumprir. Mas Sertanian é intransigente e diz que ainda necessitará dos serviços deles para, enfim, terminarem a missão que lhes cabe. Enfatiza que fiquem na cidade e que não causem problemas na estalagem. Depois acena para o escriba e lhe dá orientações. Ao terminar, dirige-se novamente a Horven:

“Podem ir com Tristan. E não se esqueça de ficar na cidade até eu contactá-lo. Podem conhecê-la e explorá-la a vontade, não precisam ficar o tempo todo na hospedaria Se não estiverem lá, quando eu precisar, deixarei uma recado com Andraki. Talvez tenham que levar uma resposta para o Rei Ilíadas antes que as nevascas cheguem. Agora vão, deixem-me trabalhar, pois o tempo clama por uma resposta rápida! Vão.”

Na saída da Cathedral, Horven encontra com seus companheiros e explica-lhes a conversa com Sertanian. Depois vão até a hospedaria do Corvo Suplicante e têm uma boa noite de descanso em camas confortáveis após muitos dias dormindo ao relento.

terça-feira, 26 de abril de 2011

KHAOS REPORT #018 (Sessão de 15.01.2011)

Sertanian, o Castelão

Após alguns minutos de espera, o acólito volta e diz que Sertanian receberá apenas um dos heróis. Eles reúnem-se e decidem deixar Horven a cargo da conversa. Enquanto isso, os demais irão resolver outros assuntos particulares.
Gilkan circula pela cidade para conhecê-la. Mâsh percorre o mercado da cidade procurando por armas e informações sobre Cirith Hill. Northolt fica no Grande Salão conhecendo um pouco mais sobre a história militar de Brindol.
Horven segue o seu guia pelos corredores sinuosos no interior da Cathedral. Por um momento chegou a pensar que seu guia queria desorienta-lo, pois alternava passos rápidos e curtos, sempre sem olhar para trás. Vez ou outra apenas murmurava de forma quase inaudível: “por favor, por aqui!” e virava bruscamente em um corredor transversal ao principal.
Subiram e desceram vários lances de escadas até que chegaram em uma porta de madeira em um corredor. Ali havia um banco de madeira encostado na parede onde foi orientado a aguardar enquanto iria anunciar sua presença ao Castelão. No tempo que ficou ali, Horven observou que havia alcovas floridas ao longo do corredor adiante, com aberturas no teto por onde entrava os raios solares e uma brisa fria, lembrando que em alguns dias o inverno chegaria e com ele as nevascas. O pensamento que lhe veio à mente foi inevitável: “Pelo menos chegamos a tempo!”.
A porta de madeira abre-se e aparece um senhor muito cordial e simpático que cumprimenta o anão efusivamente. Ele veste um robe de couro surrado, cheio de remendos em cores diferentes. Seus cabelos brancos, que relutam em ficarem no lugar, concentram-se nas laterais da cabeça, deixando uma lustrosa careca que reflete intensamente a luz das tochas e lamparinas que iluminam a sala daquele homem. Em um dos olhos há um monóculo, preso ao robe por uma corrente e um pregador. Mesmo com as costas um pouco curvadas pela idade, o homem é alto, dando a ideia de ter tido uma boa estatura quando jovem.
Os dois entram na sala e Sertanian fecha a porta novamente.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

KHAOS REPORT #017 (Sessão dia 15.01.2011)

Ainda a quilômetros de distância da cidade, já é possível ver as fazendas que a cercam, com seus campos frutíferos e pastos para o gado. A muralha que cerca a cidade assoma-se imponente em direção ao céu. A estrada serpenteia por entre colinas e planícies, levando os viajantes direto para o portão sul da cidade. Mas antes que se aproximem a menos de 2 km dos portões, ainda nos limites das fazendas, uma comitiva de 12 cavaleiros aproxima-se a galope pela estrada, parando a poucos metros dos heróis. Montam deslumbrantes corcéis negros, treinados para a guerra. Todos os cavaleiros usam cota de malha e sobre ela uma túnica branca onde , no peito, está pintado o símbolo da cidade (um escudo triangular sobre um sol nascente). Os escudos estão presos em suportes especiais nas selas de montaria e as espadas largas em suas bainhas, prontas para serem sacadas ao menor sinal de perigo. Após uma apresentação formal, os heróis podem seguir até a cidade, avisados de que não causem problemas. Os soldados indicam a Hospedaria de Avandrian como bom lugar para pernoitarem e, se quiserem diversão, devem procurar pela Taverna Crânio Rachado.

As ruas dentro das muralhas formam um grande labirinto e uma miríade de odores, cores e pessoas. Há mercadores, camponeses, saltimbancos, soldados, crianças, mendigos, aristocratas, acólitos de várias religiões e várias raças coexistem quase pacificamente. Todos cientes de que se encontram em uma área ainda bastante ameaçada pela Horda Negra, principalmente por um de seus braços armados: Os Garras Vermelhas de Sinruth.
Decidem procurar por Sertanian antes de descansarem. Seguem à Catedral de Pelor, a mais imponente construção em Brindol. Torres se erguem a mais de 15 metros de altura, sustentadas por intrincadas malhas de colunas e abóbadas. A Catedral é a demonstração clara da religião dominante na cidade. Ligada a ela por uma passarela de vidro com afrescos muito belos, está uma construção menor, mas não menos bela, que os moradores chamam de O Salão das Grandes Honrarias. Passando pelos jardins floridos que circundam as construções, chegam a uma bela porta de bronze. Alta, de folha dupla com adornos em ouro, está aberta e é guardada por dois Leões de Brindol (seria a guarda metropolitana da cidade). O Salão funciona como um grande museu, dividido em várias pequenas câmaras expositivas onde estão cerâmicas, armaduras, tapeçarias comemorativas e outros artefatos que fazem parte da história de glórias do povo da região.
Há guias e auxiliares que cuidam dos artefatos e orientam os visitantes. Gilkan conversa com um deles para tentar falar com Sertanian. Por mais que insistisse, o rapaz não cedeu e disse que o Castelão estava muito ocupado e que não poderia atendê-los.
Horven, entendendo o problema que estava se criando, interferiu e conseguiu, mesmo que sutilmente, convencer o jovem assistente da urgência daquele encontro e que o Castelão estava esperando por eles. E que, se houvesse algum atraso por causa da negativa do rapaz, Sertanian certamente o puniria.
Foi o suficiente para que o jovem fosse ver com seu superior se poderia deixá-los entrar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

KHAOS REPORT #016 (Interlúdio: PBEM)

Enquanto recolhem seus pertences e preparam-se para o trecho final da viagem à Brindol, Paella aproxima-se de Mâsh, que está pensativo olhando para o norte.

"Ei bárbaro, ouvi o que o Volo disse sobre sua busca. Só quero dizer que eu vou contigo atrás do seu companheiro para resgatá-lo.” – Mâsh olha sobresaltado com essa determinação do seu novo amigo, que continua – “Minhas habilidades poderão ser úteis na busca e na infiltração! Além disso, vou adorar conhecer a região norte de Auriis! Parece-me um ótimo local para evoluir nossas habilidades e experiência em campo. Se precisar, minhas lâminas também estão a sua disposição para fazer esses orcs se redimirem, ou exorcizar o mal que habita o coração deles."

Mâsh estende sua mão e ambos se cumprimentam.

"Obrigado ranger! O pequeno é, na verdade, meu filho.” – o Goliath fica com os olhos marejados e faz uma pausa enquanto controla sua dor e emoção. Depois continua sua explicação. “Ele foi capturado pelos orcs num devastador ataque a minha aldeia. Todos os outros morrera m no ataque!” – mais uma vez o bárbaro faz uma pausa, tomado pela emoção. “Inclusive a mãe dele. Eu fui ferido e cai desacordado então devem ter achado que eu tava morto e me deixaram lá. Quando acordei, não vi nem sinal do meu moleque. Como os outros tavam mortos, e não vi o corpo do meu filho, acho que está vivo ainda e agora busco por ele. Será muito bom ter a ajuda de você, Paella! Cirith Hil, pelo que o bardo disse, parece um lugar difícil...” – e deixa no ar essas palavras, incompletas, mas que revelam todo o temor que passa por sua mente quando pensa em como deve ser esse local.

Paella, entusiasmado, dá uns tapas no braço de Mâsh e fala mais alto do que esperava:

"ÓTIMO VAMOS PARA CIRITH HILL!!” – mas em seguida lembra-se que ainda está em uma missão. “É, bem, assim que concluirmos a entrega em Brindol!!"

Depois, com um sorriso iluminado pelo sol nascente que revela toda a beleza da raça feérica de Paella, ele volta à sua mochila para terminar de arrumá-la. Enquanto isso, chama pelo bardo que já está roncando.
O bardo, para ver se o Eladrin para de lhe encher, responde rápida e sucintamente.

“Sempre para o norte criatura! Sempre para o norte! Agora me deixe descansar!”

Sabendo que não tirará mais respostas do viajante, o Lâmina de Corellon segura em sua mão o simbolo de sua divindade e ora: "Meu protetor e preservador da minha vida, me guie e deixe eu perceber o melhor caminho para ajudar o bárbaro na busca por seu pequeno filho. Peço perdão por não perseguir aqueles que atacaram a floresta da lua, mas eu prometo que vou encontra-los e colocar um fim nos seus planos".
Depois que todos estão prontos começam a descida da montanha. Embora mais fácil do que a subida, o anão ainda encontra dificuldades e não deixa de resmungar. Ao longo da descida, os heróis comentam sobre os planos a seguirem após entregarem a mochila para Sertanian. Em tom amargo, o anão responde:

“Pessoalmente espero não ficarmos muito tempo em Brindol! Odeio essas questões diplomáticas e toda essa burocracia dos humanos. A guerra tá comendo solta e eles ficam enviando mensagens secretas? Montem o exército e ataquem logo!”

Um pequeno silêncio entre os viajantes, pensando sobre a solução simplista do anão, que continua em seu raciocínio.

“Uma vez estive no Conclave Anão onde fiquei observando Anciões murmurarem por horas, sem chegar a um consenso. Horas! Os orcs atacando e eles discutindo se entrariam ou não na guerra? É o fim! Por isso, da minha parte, proponho entregarmos a mochila e partirmos o mais rápido de lá em direção a tal mina de Ciriht Hill. Salvamos o pequeno Goliath e de quebra arrebentamos uns crânios de Orcs!” – finalmente o anão soltou uma gargalhada e melhorou o humor com as visões de um futuro promissor contra os odiados orcs.