segunda-feira, 21 de novembro de 2011

KHAOS REPORT # 031


Sertanian, o Castelão

Após a cerimônia, os heróis são convidados por Sertanian a acompanhá-lo até o Salão, pois tem algo importante para conversar com eles.
Ele os reune em sua sala, ainda danificada após o ataque dos Garras de Sinruth. Sua feição transmite serenidade, confiança e um certo ar vitorioso quando se senta em sua cadeira.
Ele agradece aos heróis por terem atendido prontamente seu pedido e explica que recebeu uma mensagem do Rei Ilíadas para, concluída a missão, dispensá-los para retornarem à Iggspur. Com orgulho ele entrega as cartas de recomendação e dispensa para cada um dos heróis, até mesmo para Goulash, Kracius e Mâsh, ainda que os mesmos não façam parte da companhia inicial.
Além disto, Sertanian paga a quantia final do contrato que havia acertado com o monarca vizinho.
Antes que os heróis deixem sua sala, ele pede um pouco mais de seus tempos para mostrar os motivos de terem arriscado suas vidas.
Ele aperta uma seção de sua mesa que é um mecanismo que revela uma passagem secreta atrás de um estante de livros na parte norte da sala. Esta passagem leva a uma escada em espiral que desce até os níveis escondidos sob a Cathedral de Pelor.
O corredor de alvenaria é iluminado por tochas mágicas que nunca se apagam. O velho Castelão os guia pelos corredores, narrando os acontecimentos que os levaram até aquele momento.

"Há cerca de quatro anos, em uma mina secreta sob a cidade, nossos exploradores descobriram uma grande jazida de Literium. Para aqueles que não sabem, é um metal extremamente leve, maleável e com uma propriedade especial de absorver encantamentos com extrema facilidade. Korzus é um dos poucos reinos onde este material é encontrado.
Pois bem. Após a descoberta, entramos em contato com o Rei Ilíadas para negociarmos esse metal, uma vez que os Conjuradores Bélicos de Iggspur sempre buscaram pelo Literium para seus fins arcanos.
Não esqueçam que ainda estávamos subjugados pela Horda até aquele momento, e perdemos muitos mensageiros nessas tentativas.
Para encurtar a história, chegamos ao ponto final da negociação quando acertado que forneceríamos o metal para Iggspur e, em contrapartida, os Conjuradores Iggspurianos criariam autônomos de guerra que chamam de FORJADOS BÉLICOS.
Com esses autômatos poderemos engrossar nossas fileiras do exército para derrotar a Horda, permitindo com que os camponeses, artesão e outros trabalhadores retornem às suas atividades econômicas que fortalecerão a economia de Korzus novamente.
E vocês devem estar se perguntando: mas onde é que entramos nessa história?
E eu lhes digo: entram em uma parte muito importante!"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

KHAOS REPORT #030

Em Brindol os aventureiros são saudados como heróis. O retorno dos prisioneiros é comemorado e logo a notícia da morte de Sinruth chega aos ouvidos de todo o povo.
Balin, um comerciante poderoso da cidade, oferece uma festa em homenagem aos "Matadores de Sinruth". Menestréis, bardos e curiosos passam o dia atrás dos heróis querendo saber tudo o que aconteceu, conhecer todos os detalhes, sentir a emoção daquela estória.
Somente já próximo ao entardecer é que conseguem paz e tranquilidade nos quartos que foram oferecidos a eles na Hospedaria do Corvo Suplicante.
Durante o momento que jantam, recebem a visita de dois mensageiros. O primeiro vem em nome de Balin comunicar que a festa que ofertará em honra aos heróis será no dia seguinte, ao entardecer. O segundo mensageiro vem em nome de Sertanian comunicá-los que na manhã seguinte haverá a cerimônia fúnebre de Kartenix e estão convidados para comparecerem.
Embora alguns dos heróis sejam afeitos a cerimônias deste tipo, todos comparecem ao cemitério da cidade. Sertanian homenageia os feitos do capitão Kartenix em seu discurso, sem deixar de mencionar que sua armadura terálugar no Salão das Grandes Honras, por sua nobreza e lealdade para com a cidade de Brindol e seus habitantes.
Quando o caixão é baixado lentamente em sua alcova, os primeiros flocos de neve começam a cair, misturando-se com as lágrimas do pequeno Turran, filho de Kartenix. A criança é amparada por Jalissa, acólita de Iuz, que também foi feita prisioneira pelos Garras de Sinruth.
O cântico fúnebre eleva-se enquanto a neve engrossava e cobria as árvores, o gramado e as lápides dos heróisde Brindol que pereceram na luta contra os invasores da Horda para a libertação da cidade.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

KHAOS REPORT # 029

Northolt se aproxima do anão e o cumprimenta com pequenos tapas em seu ombro.

"Acredito que minhas palavras, agora, seja igual a dos demais, Goulash. Você demonstrou muita habilidade de combate e será um aliado valioso em nosso grupo. Todos temos objetivos distintos, mas no final, todos também sabemos que esta aliança que se forma - e se formou desde que nos conhecemos - será vital para que os objetivos individuais sejam alcançados."

Todos concordam com o veterano combatente e Paella saúda o mais novo membro da comitiva com um brinde acompanhado dos demais.
Mas Northolt ainda tinha algo a dizer:

"No entanto, amigos, ainda não decidimos o que faremos com a cabeça de Sinruth. Está na hora de partirmos. Não devemos nos demorar mais! Meu voto é para encobrirmos a morte do Hobgoblin e ficarmos de vigia para a chegada deste tal "emissário". Votem apenas, já sabemos a opinião de todos. Precisamos apenas chegar à maioria."

Neste momento Sertanian decide falar.

"Não precisam se preocupar em levar a cabeça para provar seus feitos, heróis! Eu presenciei tudo o que fizeram e, assim como os demais libertos, somos provas vivas de que invadiram o covil dos Garras Vermelhas e mataram Sinruth! ainda que não tenham pedido, meu voto, assim como os demais brindolnianos, é de que esta cabeça seja jogada de volta ao covil deles. Não queremos que haja insultos e provocações aos braços armados da Horda. Talvez em Iggspur o exército seja forte e mantenha os Drows e seus asseclas longe de suas vilas e cidades. Mas a realidade em Korzus é diferente! Estamos ainda nos levantando após mais de 4 anos sob o julgo da Horda. Nossas cidades ainda não estão plenamente fortes e nosso exército se reestrutura na capital provisória. Se provocarmos a ira da Horda, neste momento, Brindol e seu povo pode ser varrida do mapa, de uma vez por todas! A derrota de Sinruth é importante. Mas provocar a ira dos outros aspirantes a líderes dos Garras Vermelhas não é algo que desejamos. Pelo menos, nesse momento!"

Ele se aproxima da fogueira e as sombras e luzes das chamas dão um ar imponente aquele senhor, relembrando seus tempos de glórias quando herói do exército de Korzus, e encerra seu pronunciamento:

"Deixemos a cabeça e voltemos a Brindol, com urgência. A época de nevascas aproxima-se. Ao norte já é possível ver os sinais. Devemos partir rapidamente para chegarmos em segurança à cidade. Este é o meu voto!"

Gilkan, já preparando sua mochila para viagem, concorda com o velho Castelão:

“Certo Sertanian! Então deixemos a cabeça dele por aqui. Mas espetada em uma estaca para que fique um aviso! Afinal, com a fuga de alguns membros do clã, não teremos como encobrir a morte de Sinruth!"

Paella e os demais concordam com essa opção. Goulash, incomodado com o frio intenso, comenta:

Vamos logo então! Façam o que tem que ser feito e vamos logo para Brindol. Não quero congelar dentro dessa armadura!!!” – e o comentário é seguido de riso dos demais.

Assim, Paella e Northolt preparam o aviso na entrada do covil enquanto Gilkan e Sertanian organizam os brindolnianos libertos para a viagem. Apenas Mâsh fica separado dos demais, olhando para o norte, com suas preocupações pessoais tomando conta de sua mente naquele momento. Para ele, não importa o que querem fazer. Ele deseja partir para Cirith Hill o mais breve possível.
Após as primeiras horas de viagem pelas encostas e rotas secundárias que levavam ao Covil dos Garras Vermelhas, chegam à estrada principal novamente.
Deste ponto em diante conseguem acelerar o ritmo e pouco antes do amanhecer alcançam um grupo de cerca de 12 refugiados.
Eles viajam vagarosamente e com pouca proteção para o frio que faz. Os que mais sofrem são as crianças – grande maioria do grupo – e que passam a maior parte do tempo amontoadas na única carroça que levam. Mulheres e homens caminham cansados, guiando o boi que puxa a carroça e os dois pôneis que levam o pouco suprimento que têm. Dentre as mulheres do grupo, duas estão próximas aos oito meses de gestação. Todos estão sujos e famintos.
Quando se aproximam do grupo as crianças, com a característica curiosidade infantil, se aglomeram no vão da tenda montada sobre a carroça, desejosas por verem os viajantes em suas armaduras e empunhando suas armas.
Os homens do grupo avançam, tremulamente, e formam um cordão defensivo muito frágil, com suas armas improvisadas (paus, machado de corte e rastelo de metal).
Sertanian adianta-se:

"Não tenham medo senhores! Não viemos lhes fazer mal! Somo moradores de Brindol e retornamos à cidade! Meu nome é Sertanian, Castelão de Pelor e do Salão das Grandes Honras de Brindol e do Vale Elsir!”

O homem que parece liderar aquele bando de refugiados acena com a cabeça e todos se desarmam:

“Seu nome é conhecido, senhor! Ficamos felizes em poder encontrar brindolnianos e saber que a cidade ainda é livre! Por favor, ajudem-nos! Estamos viajando há dois dias sem nos alimentar direito. Nossas mulheres e crianças estão famintas!”

Rapidamente os dois grupos se unem e preparam um acampamento improvisado para passarem a noite que se aproxima. Acendem duas fogueiras e aquecem-se ao redor delas. Alimentados, descansam e conversam para saber o que ocorreu.
Os heróis descobrem que os refugiados estão viajando há dois dias. Vêm de uma aldeia de agricultores ao norte, chamada Mommill.
Sertanian explica que é uma aldeia muito pequena, que vive da caça e do plantio. Outrora servia de pousada para viajantes que vinham dos reinos ao norte de Korzus para negociar no Mercado de Brindol.
O líder dos refugiados, chamado Aurill, também revela que quatro gigantes desceram a montanha e saquearam a aldeia em busca de comida. Sem alimentos e com a chegada do inverno, os moradores da aldeia não tiveram outra opção senão fugirem para Brindol.
Sertanian questionou sobre o destacamento de 20 soldados que ficavam de prontidão em uma torre de vigia próxima a aldeia, ao qual Aurill respondeu que haviam partido 3 dias antes do ataque dos gigantes, ficando apenas uma guarnição de 4 homens. Eles foram investigar rumores de que um dragão negro estaria habitando um charco nos arredores. Mas após três dias, não voltaram.
A conversa continua por mais um tempo até que muitos adormecem, agradecidos por estarem compartilhando o calor da fogueira ante a chegada inescapável do rigoroso inverno de Korzus.