sexta-feira, 30 de abril de 2010

Apresentação dos membros da Comitiva

Um a um, os representantes das facções defensoras de Iggspur foram convocados a apresentar seus pupilos.

Arabanth, o conselheiro, deixou para apresentar o jovem Gilkan por último. Até aquele momento, nenhum dos ocupantes da sala sabiam que ele era um Tiefling. Rasshak, seu tutor, havia dito a ele que não revelasse sua natureza até o momento certo.

Arabanth então conclamou:

“Rasshak, general da Ordem dos Dragões Prateados, defensores formidáveis da Fortaleza de Zanthar, na fronteira leste, apresente seu indicado!”

O draconato levantou-se da cadeira em que estava sentado e calmamente iniciou sua apresentação.

“Rei Ilíadas, é uma honra para os Dragões Prateados poder atender ao chamado de Vossa Majestade. Apresento-vos nosso escolhido: Gilkan!”

Nesse momento o jovem Tiefling retira o capuz eu cobria sua cabeça, revelando sua natrueza. Imediatamente o Grão-Mestre Glênio levanta-se e esbraveja contra a presença de Gilkan. Com ele, outros indignam-se com a afronta feita pelo mestre dos Dragões Prateados.

“O que é isso Majestade! Esse draconato deve estar louco ou fazendo alguma piada de mau gosto! Como ousa trazer um traidor para dentro desses salões. Devemos prendê-lo...”

O rei fica de pé e grita para o anão calar-se. Depois, em tom mais ameno dirige-se a todos.

“O Lorde Rasshak deve ter bons motivos para trazer um Tiefling como escolhido. Deixem que ele explique-se!”

O experiente mestre-de-armas sabia que a presença de Gilkan traria tal reação de muitos dos presentes. Assim, explica suas razões calmamente e procurando demonstrar que a presença do Tiefling não colocará em risco aquilo que for decidido.

Ao final, Glênio ainda desconfiado apenas complementa as suas palavras que haviam sido interrompidas:

“Lembre-se, Ilíadas, que você é rei dos humanos! Nós anões não somos seus vassalos, mas sim aliados de vocês para enfrentarmos um perigo comum! Neste momento, como representante de meu clã, aceitarei sua decisão, pois até hoje mostrou-se ser ponderado e, por Moradin, acertou sempre. Se sua decisão for pela permanência do Tiefling, saiba que Horven estará de olho nele e, se necessário, eliminará qualquer perigo!”

Ilíadas consente com um leve aceno de cabeça, evitando criar maiores rusgas entre ambos, e por fim declara sua decisão.

“Os membros da comitiva foram apresentados! E todos participarão! Assim, Arabanth cuidará para que tenham aposentos e banho para descansarem da longa viagem que empreenderam para chegarem a esta reunião. Hoje a noite teremos um jantar comemorativo à união que selamos neste dia. Vocês serão chamados quando for a hora. Agora vão, preciso ficar a sós!”

Arabanth, o homem franzino, adianta-se ao rei e guia aos membros daquela reunião para seus aposentos, deixando o Rei com seu fardo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Primeira impressão do Rei de Iggspur

Após 4 dias chapinhando em estradas lamacentas, os heróis, acompanhados de seus tutores, chegam à Laranthas, capital do reino. São guiados rapidamente pelas ruas da grande cidade apinhada de gente até o castelo Iriaspur, lar do rei Ilíadas.

Recepcionados pelo castelão real, aguardam no salão do Conselho Iggspuriano onde colunas de mármore sustentam o belo teto, ornamentado com gravuras místicas e de guerras antigas.

O piso do salão é formado por pedras esculpidas e entalhadas finamente, demonstrando um belíssimo trabalho dos anões.

Um tapete vermelho leva da porta dupla de carvalho até o parquet onde está uma mesinha com vários papéis enrolados, e o trono do rei.

A sala de reuniões é vigiada ininterruptamente por uma guarda composta por 10 homens bem armados e demonstrando a famosa disciplina dos exércitos Iggspurianos.

Cada herói ocupa uma cadeira e ao seu lado está o tutor que o trouxe até aqui. Embora o salão não seja muito grande, os grupos fizeram com que houvesse intervalos entre cada um deles.

O ranger das dobradiças da porta de carvalho atraem a atenção de todos na sala. O rei Ilíadas cruza o salão, com a coroa na cabeça e com uma capa púrpura, muito bonita, sobre os ombros. Junto a ele há um homem franzino, de pele bem branca, cabelos oleosos, negros e compridos, com vestes marrons sobrepostas umas as outras, formando um emaranhado de tecidos que quase não permitem ver suas mãos e pés. Ele e o rei conversam algo inaudível àqueles que estão no salão.
Ilíadas toma seu lugar no trono e o homem franzino senta-se à mesa ao lado do trono, mas sem tocar nos papéis que estão sobre a mesa.

“Sejam bem-vindos à capital senhores. Vejo que todos responderam ao chamado. Não temos muito tempo a perder, então vamos logo ao que interessa.”
O rei olha para o homem franzino, como se procurasse aprovação, e a recebe com um leve aceno de cabeça.
Em seguida, o homem franzino levanta-se e, para espanto de todos, fala com uma voz forte e boa dicção:
“Glênio, Grão-Mestre da Ordem de Moradin de Khaza-dûm, lar do clã anão Martelo de Ferro, defensores intransponíveis dos subetrrâneos de Iggspur, apresente o seu escolhido.”

Uma empresa brasileira de Games de RPG

Salve pessoal!

Quero divulgar o blog de uma empresa brasileira especializada (eu acho!) em desenvolvimento de games de RPG.
Ela fica em Floripa (SC) e o CEO desta empresa é nosso amigo Diogo Fontes... ele mesmo, o mestre da "Corrida de queijos da colina de Forgottem Realms".
O Diogo joga RPG há mais de 15 anos... não adianta esconder não Diogo... jogas o mesmo tempo que eu... ou seja, tem experiência o bastante para criar bons enredos para os jogos.

O endereço do blog é http://goldenhorngames.blogspot.com/.
Acompanhem o que rola de novidades seguindo o blog da Golden Horn Games.

Abraços
Marco -"Mestre do Caos"

terça-feira, 20 de abril de 2010

ANO 843 DO ALVORECER: Reino de Iggspur, o último bastião de defesa

Há cerca de 10 anos, o reino de Iggspur e seu povo foram jogados em uma guerra sem precedentes. Embora sua natureza seja militar, o reino tem sua milenar história calcada em feitos pacíficos, em tratados e acordos que fizeram com que o reino prosperasse em uma relativa tranqüilidade. É claro que o poderio de seu exército ajudou em muito, nessa prosperidade.

Hoje, essa guerra que assola todo o continente ganhou um título: A Guerra das Hordas de Underdark. Ela acabou com toda prosperidade adquirida pelos Iggspurianos ao longo dos anos. Primeiro, porque com a guerra, muitos camponeses tiveram que deixar suas colheitas para alistarem-se no exército. A agricultura, fundamental para a sobrevivência do reino está em frangalhos. Segundo, porque os parceiros comerciais e políticos de Iggspur caíram, um a um, ante a selvageria e a violência das Hordas inimigas.

O Rei Ilíadas, enviou auxílio aos seus vizinhos. Eles lutaram e sucumbiram, junto com seus companheiros. Quando a Guerra chegou às fronteiras do reino, Ilíadas mandou que seus exércitos retornassem ao território Iggspuriano, e ali fortaleceu as posições do reino, onde ondas de inimigos chocaram-se constantemente, mas sem conseguir transpor as formidáveis defesas de Iggspur.

Com o passar dos anos, Iggspur viu-se cercada pela Horda. A cada ano, o número de refugiados aumentava, e um inchamento populacional ocorreu. Ao mesmo tempo em que isso se tornava um problema, os sábios conselheiros do rei aproveitaram a oportunidade para fazer com que os camponeses voltassem à suas terras, para o plantio e a colheita. Os refugiados, então, foram alistados para o exército. Assim, Iggspur voltou a ter comida, e em quantidade suficiente para a população que crescia, e engrossou as suas fileiras do exército, pois os refugiados lutavam com bravura, querendo vingança contra aqueles inimigos que os expulsaram de seus lares.

Hoje, quando completasse 11 anos de Guerra, rumores dão conta de que o reino de Korzus, vizinho ao norte de Iggspur, conseguiu libertar-se do julgo dos Drows. Na verdade, esses rumores iniciaram há mais de 6meses, mas ainda não foram confirmados. O Rei Ilíadas enviou mensageiros para o reino vizinho, neste período, para que confirmassem a veracidade dessas informações. Mas estes mensageiros não retornaram à Iggspur.

Esses rumores ganharam nova força com a chegada do outono, pois houve uma diminuição considerável das escaramuças da Horda na fronteira norte. Mas os guerreiros mais velhos, experimentados na arte da guerra, dizem que isso é comum nesses dias, pois com o outono há as chuvas que enlameiam os campos e dificultam a batalha; e depois vêm as nevascas e o inverno que é muito rigoroso naquela região. Então, não se deve dar muitos ouvidos ao que dizem.

E é, em um dia muito chuvoso, que cada um dos heróis, acompanhados de seus mestres ou tutores, parte em viagem. O motivo e destino não lhes foram revelados. Souberam apenas que deveriam preparar o necessário para 4 dias de viagem sob chuva e frio.